Brigadeiro de chocolate meio amargo

Chocolate na veia.

Sempre fui muito fã de chocolate ao leite, doce. Não faz muito tempo que aprendi a curtir o chocolate amargo, com 60% ou 70% de cacau. Vício imediato, alguma dúvida? Como puro, em barras, uso para fazer meus doces, misturo com chocolate ao leite para obter sabores mais equilibrados, enfim, sempre tenho em casa. A pedido de amigos que também adoram chocolate meio amargo e, claro, por vontade e curiosidade levei essa delícia para a panela e promovi um casamento com o leite condensado. Deu tão certo que o pobre brigadeiro ao leite ficou de escanteio, coitadinho. Os amigos aprovaram e virou febre nesta casa.

Ingredientes:
- 1 lata de leite condensado
- 1/2 xícara de chocolate meio amargo picado (uso belga 50%, mas você pode usar qualquer um de boa qualidade)
- 3 colheres de sopa cheias de cacau em pó
- 3 colheres de sopa cheias de creme de leite
- 1 colher de sopa de manteiga

Mar de chocolate.

Modo de fazer:

Coloque todos os ingredientes em uma panela e leve ao fogo, sempre baixo, mexendo sem parar, até que a mistura fique encorpada e desprenda do fundo da panela.

Despeje o brigadeiro em um prato untado com manteiga e espere esfriar completamente. Unte as mãos com manteiga ou, se preferir, molhe em água com gelo (faz o mesmo efeito). Faça bolinhas com uma colher de chá e passe no granulado.

Você pode brincar com algumas possibilidades de confeito como chocolate raspado, amêndoas em lâminas, nozes, avelãs, castanhas ou até mesmo aquelas bolinhas crocantes de chocolate.

Brigadeirão

Brigadeirão

O brigadeirão é sucesso garantido nesta casa, uma sobremesa fácil, prática e deliciosa que caiu em minhas mãos por um acaso. Gosto muito de livros de culinária, mas também adoro essas pequenas revistas temáticas. Há algum tempo parei na banca e bati o olho em uma publicação só com receitas de chocolate, onde encontrei este brigadeirão maravilhoso. Difícil alguém não gostar de pudim e, se tiver chocolate então, fica perfeito. Você só vai precisar de um liquidificador e de paciência para segurar a vontade de comer até ele ficar pronto. Resista se puder!!!

Pudim tamanho família.

Ingredientes:
- 2 latas de leite condensado
- 6 ovos
- 200 ml de leite de coco (pode substituir por leite)
- 2 xícaras de chocolate em pó (ou achocolatado)
- 2 colheres de sopa de manteiga

- Manteiga para untar
- Farinha para enfarinhar
- Chocolate granulado para decorar

Modo de Fazer:
Bata todos os ingredientes no liquidificador até obter uma mistura homogênea. Em seguida, despeje o preparo em uma forma redonda de buraco untada e enfarinhada. Leve para assar em forno médio, em banho-maria, por aproximadamente 2 horas ou até que o palito saia limpo depois do teste.

Depois de frio, desenforme o pudim e decore com granulado.

Adoce a Páscoa com brigadeiros



Caixinha alegre e colorida


Eu a-do-ro a Páscoa. Desde pequena, festejo a data com uma linda mesa, a família reunida e muitos docinhos para comer a tarde inteira, sem culpa. Tenho ótimas lembranças dos domingos de Páscoa da infância. Era maravilhoso acordar com um presente no cantinho da cama. Um ovo, um doce, um coelhinho de pelúcia, não importa, era a nossa primeira imagem ao abrir os olhos na manhã de Páscoa. A magia, o lúdico, a surpresa são fundamentais em nossas vidas. E, nesta Páscoa, resolvemos levar o encanto e a doçura desta data tão bacana para os lares de outras famílias. Aqui estão nossas opções para a festa do coelhinho. Escolha o seu sabor preferido e divirta-se.

Os brigadeiros:

- Belga ao leite
- Belga meio-amargo
- Belga branco
- Belga branco com cookies
- Nutella com avelãs
- Morango com chocolate branco
- Beijinho com coco
- Maracujá com chocolate branco
- Maracujá com coco
- Paçoca
- Ovomaltine

Montamos lindas caixinhas para acomodar essas delícias. São várias opções, todas com visor transparente, com 6, 9, 20, 30 e 50 unidades. E, para finalizar, um lindo laço de fita temático e bem colorido.




Caixinha com 6 brigadeiros - simples ou sortida



Caixinha com 9 brigadeiros - simples ou sortida



Caixinha com 20 brigadeiro - simples ou sortida

Caixinha com 30 brigadeiros -  simples ou sortida

Caixa com 50 brigadeiros - simples ou sortida

Você pode escolher opções para presente ou para a sobremesa do almoço de Páscoa.

Pedidos, orçamentos e outros detalhes pelo e-mail casadecasado@gmail.com

Estamos na cidade de São Paulo, dando nossos primeiros passos.

Para aperitivo ou prato principal: toscana assada

Toscana assada

É possível fazer em casa uma linguiça toscana tão gostosa quanto a da churrascaria: sequinha, dourada e bem crocante. Um prato rápido e versátil, que pode ser servido como acompanhamento ou petisco na happy hour com os amigos. Aprendi a receita na casa da mãe do Marcos. D. Monalisa nos serviu a linguiça assada em um jantar informal no meio da semana, acompanhada de arroz e feijão, uma delícia. O preparo é muito simples. A única coisa que você vai precisar é de uma toscana de boa qualidade. Nós adotamos a Aurora, mas você pode escolher a sua marca preferida.

Ingredientes:
- 1 kg de linguiça toscana

Modo de Fazer:
Em uma panela com bastante água ferva a linguiça, por pelo menos 30 minutos, para retirar o excesso de gordura. Em seguida, coloque as linguiças em uma forma (se tiver antiaderente melhor) e leve ao forno médio por 20 minutos ou até dourar.

Você pode servir com arroz e feijão ou como aperitivo acompanhada de vinagrete e farofa.

A carne de panela da minha mãe

Minha comida preferida: a carne de panela da minha mãe.

Nunca consegui escolher um prato para chamar de meu preferido. Sempre que Marcos me perguntava, eu ficava em dúvida. Adoro bife à milanesa, parmegiana, estrogonofe, frango assado, peixe frito ou grelhado, arroz com feijão e morro por uma farofa. Porém, em um dia absolutamente comum, descobri que minha grande paixão é a carne de panela com batatas da minha mãe, um prato muito simples, mas saboroso como poucos. D. Lourdes nunca teve muita paciência e nem tempo para refeições complicadas. É designer de interiores e trabalha o dia inteiro fora. Quando chega em casa, a comida precisa ser rápida, prática e gostosa. Minha mãe dificilmente segue receitas, faz de olho, como costumamos dizer. Morro de rir quando ela explica algum prato, um pouquinho disso, um pedaço daquilo, nunca tem medida certa. A receita da carne foi descrita assim e traduzida aqui pra vocês.

Comida de mãe, um carinho na alma.

No último almoço em Santos, comi e repeti a carne de panela. Todos esperavam pela sobremesa e eu ainda saboreava a comida. Não tem explicação. É um gostinho familiar, um cheiro de casa de mãe, um aconchego. Isso me faz lembrar uma cena do filme "Ratatouille", na qual o temido crítico gastronômico Anton Ego vai ao restaurante de Auguste Gusteau para avaliar o cardápio. Ele pede o prato que dá nome ao filme, uma comida tradicional, porém muito simples. Ego fica absolutamente seduzido pelo sabor que o faz lembrar imediatamente do ratatouille preparado pela mãe na infância dele. A comida tem dessas coisas, nos faz viajar e resgata nossas melhores memórias.

Ingredientes:
- 1 kg e meio de lagarto
- 1 cebola picada
- 3 dentes de alho
- 3 folhas de louro
- 1 linguiça calabresa inteira e sem pele
- 2 colheres de sopa de vinagre
- Noz-moscada, sal e pimenta a gosto

Carne de panela com batatas.

Modo de fazer:

Com uma faca, fure o centro da carne de uma extremidade à outra e, em seguida, coloque a linguiça dentro da peça de lagarto. Em um refratário, tempere a carne com o vinagre, a cebola, o alho, o louro, noz-moscada, sal e pimenta. Deixe descansar por até 30 minutos. Em uma panela de pressão coloque um fio de óleo e doure a carne de todos os lados, cubra com água e cozinhe por 30 minutos, a partir do momento em que começar a pressão. Verifique se a carne já está mole e, se necessário, volte à pressão por mais alguns minutos.

Reserve a água do cozimento.

Em outra panela, ponha um fio de óleo, o tempero reservado e, em seguida, a carne. Deixe-a terminar de cozinhar no sabor do tempero, acrescentando aos poucos a água da panela de pressão. A carne estará pronta quando ficar bem macia, morena e com um molho igualmente suculento e escurinho.

Para o acompanhamento, cozinhe as batatas somente em água por 5 minutos e termine o cozimento já no  molho da carne. Elas vão ficar moreninhas e com o gostinho do tempero.

Fatie a carne e sirva com arroz branco, batatas e uma bela farofa.

Biscoitos de Canela e Açúcar

Biscoitos de canela e açúcar.

A primeira vez que fiz biscoitos foi para um dos Natais em família. Gosto de pensar em cardápios completos, especialmente para festividades domésticas: entrada, prato principal, sobremesa, café e petit four. Queria um biscoito bem caseiro, sem glacê, sem decoração, simples. Achei uma receita ótima em um site muito bom sobre casa e decoração, Casa da Chris. O quitute amanteigado tem um sabor pronunciado de canela que pede um café ou chá bem quentinho e rende super bem. Os biscoitinhos foram um sucesso aqui em casa, até D. Luiza pediu a receita, que responsabilidade, hein?

Lindo e delicados como lembrança de chá bar.

Quando comecei a conversar com minha amiga Silvania, noivinha do ano, sobre o chá bar dela, pensamos em várias possibilidades de lembrancinhas: utensílios de cozinha em tamanhos menores, mais fofos, uma foto dos noivos ou um ímã de geladeira. Até que me lembrei dos biscoitos de canela e açúcar, um quitute que tinha tudo para agradar. A noiva adorou. E para ficar ainda mais temático, pensei em corações e iniciais dos noivos. Porém, esse biscoito permite incontáveis brincadeiras com formatos bem divertidos: letras, números, animais, formas geométricas. Vale para qualquer ocasião.

Ingredientes:
- 150 gramas de manteiga em temperatura ambiente
- 500 gramas de farinha
- 3 ovos grandes
- 1 colher de sobremesa de fermento em pó
- 250 gramas de açúcar

*Canela e Açúcar para polvilhar

Acompanha café ou chá bem quentinho.

Modo de Fazer:

Em um bowl, coloque todos os ingredientes começando pela farinha para fazer uma caminha. Comece a misturar com uma colher para agregar os ingredientes e não se apavore, vai dar certo. Depois, coloque literalmente a mão na massa e trabalhe em uma superfície lisa e enfarinhada, sovando delicadamente até obter uma massa consistente e homogênea, que desgrude das mãos. Talvez você precise de mais farinha.

Abra a massa e, com a ajuda de cortadores, molde os biscoitos. Você pode escolher a espessura: se for bem fininho, você terá biscoitos crocantes. Para quitutes mais macios, deixe a massa um pouco mais grossa.

Em um bowl separado, misture canela e açúcar a gosto e polvilhe sobre os biscoitos moldados, já na forma. Leve ao fogo médio por 20 ou 30 minutos, até ficarem levemente dourados.

Rendimento: 80 a 100 unidades dependendo do tamanho.

Chá Bar - Silvania e Kléber

Os queridos amigos Silvania e Kléber se casam em dezembro, mas como já estão montando a casinha, resolveram antecipar a bagunça e chamar os amigos para um chá bar.

Os noivinhos: Kléber e Silvania.

Sil e eu somos amigas de faculdade, já dividimos apartamento e vivemos grandes aventuras em São Paulo. Ela é minha madrinha de casamento e agora chegou a nossa vez de testemunhar, com muita honra, a união dos amigos. A festinha foi muito animada, inclusive com o show de uma drag queen, que fez a galera dar muita risada, atormentou os noivos, colocou apelido nos convidados, cantou e dançou, um escândalo. Antes que alguém me pergunte, fui apelidada de balão mágico. A criatura disse que tenho cara de criança. Mereço, né?

Mesa de doces - cupcakes e brigadeiro

Tive o prazer de fazer os docinhos e lembrancinhas do chá. Para os cupcakes, selecionamos duas massas: cenoura com gotas de chocolate e chocolate. Para a cobertura, ganache de chocolate ao leite, meio amargo e branco. Os enfeites seguiram as cores escolhidas pela noiva: azul e branco.

E para dar um charme, framboesas e amoras.

Cupcake de chocolate com ganache branco e framboesas.

Cupcake de chocolate com ganache branco e amoras.

Em um prato de doces retrô azul, brigadeiro de chocolate belga preto e branco, beijinho e brigadeiro de morango.

Prato retrô com docinhos.

Para as lembrancinhas, escolhemos biscoitinhos amanteigados polvilhados com açúcar e canela. Pra ficarem bem graciosos, eles foram moldados com cortadores em formato de coração e com as iniciais do casal, bem romântico. Colocamos em saquinhos transparentes e fechamos com laços de fita em tons de azul e branco.

Biscoitinhos com canela e açúcar.

Marcos e eu estamos muito felizes em participar deste momento tão especial na vida do casal. Os dindos e afilhados desejam uma caminhada feliz, cheia de amor, cumplicidade, união e boas histórias pra contar. Amamos vocês, amigos.

Os biscoitinhos de goiabada da Vó Luiza



Biscoitinhos da vó Luiza, feitos pela neta.

A terça-feira foi dia de experiência na cozinha. Desde criança devoro os biscoitinhos de goiabada da vó Luiza, um dos melhores docinhos da face da terra. Uns chamam de goiabinha, outros de beliscão, lá em casa eles são corninhos, apelidados por D. Luiza. Uma coisa é certa, quando ela aparece carregada de saquinhos de biscoito a alegria é geral. Até meu pai, que não gosta muito de doce, se anima. Tem gente que come na hora, outros esperam um momento mais sossegado pra degustar, dá até briga.

Eu nunca me atrevi a fazer o quitute porque o segredo devia ser a experiência da vó Luiza, a mão boa pra doce e o jeito de preparar. De uns tempos pra cá, fiquei com vontade de experimentar. A base da receita é da Palmirinha, mas o jeito de fazer é de família. Ontem, aproveitei que o Marcos saiu para renovar a carteira de motorista e fiz uma bagunça com farinha, massa, rolos, cortadores e goiabada na cozinha. No meio do processo apareceu uma dúvida e passei a mão no telefone para ligar para D. Luiza: "vó, to fazendo corninho, precisa untar a forma?". Ela atenciosamente respondeu: "não filhinha, ele já tem gordura suficiente, tá fazendo com a gordura vegetal, aquela branquinha, né?". Sim, era com a gordura vegetal.

Achei que eles ficaram mais gordinhos, com a goiabada mais derretida e já amarrei um bico antes de provar. Porém, quando mordi o biscoitinho ainda quente me veio à memória as tardes na casa da minha mãe e isso quer dizer que alguma coisa certa eu fiz.

Quentinhos ainda...

Ingredientes:
- 500 gramas de farinha
- 250 gramas de gordura vegetal
- 5 colheres de sopa de açúcar
- 40 gramas de fermento para pão (2 envelopes de fermento seco)
- 250 ml de leite morno
- 400 gr de goiabada (cortada em retângulos compridos e finos)

Modo de Fazer:

Em um recipiente, coloque a farinha, a gordura vegetal, o açúcar, o sal, o fermento e o leite morno. Misture até obter uma massa homogênea, que desgrude das mãos. Eu precisei e, certamente, você também vai precisar de mais farinha. Sove a massa em uma superfície lisa e enfarinhada.

Com a ajuda de um rolo, abra a massa bem fininha e modele quadradinhos, com um cortador ou uma faca. Não tem tamanho certo, depende do gosto e da ocasião. Se quiser biscoitinhos mais delicados, faça quadrados menores ou, se preferir uma coisa mais rústica, aumente o tamanho.

Coloque um pedaço de goiabada no centro e em diagonal e una as pontas da massa, como em um envelope, uma por cima da outra.

A bagunça da farinha.

Dica de vó: use clara de ovo para juntar a massa. Com esse truque e uma apertadinha básica o biscoito não vai desgrudar ao assar. Antes de servir, polvilhe açúcar, eles ficarão lindos.

Cuidado com a temperatura do forno. O biscoito geralmente demora de 20 a 30 minutos para assar. Nos primeiros 10 minutos, mantenha o forno em 180 graus e depois diminua um pouco para não correr o risco de o biscoito queimar por baixo. Eu sempre deixo uma forma vazia na grade de baixo do forno para segurar um pouco o calor e funciona.

Rendimento: cerca de 90/100 biscoitos. Separe uma parte para levar de presente para os amigos, eles vão adorar.

A noite da panqueca

Panquecas: carne e quatro queijos.

Depois de semanas de ensaio, enfim comemos panquecas. Há alguns dias estávamos morrendo de vontade de fazer essa delícia. Aproveitamos a noite de hoje e trocamos as funções na cozinha. Marcos colocou a mão na massa e eu fiquei de fotógrafa. Nos divertimos pra valer. A grande brincadeira era clicar o chef jogando os discos de panqueca para o alto com a frigideira. A regra do jogo: contar até 3 para armar a câmera e fazer manobras descontroladamente até a máquina captar os movimentos da massa no ar. A cozinha tem dessas coisas, só vale a pena se for divertida. Usamos os ingredientes que tínhamos em casa para fazer os recheios. Carne moída e queijos (mussarela, parmesão, gorgonzola e cream cheese). Não  preciso nem dizer que a noite foi maravilhosa. Cozinhamos juntos, fizemos a maior farra e o jantar ficou uma delícia. Panqueca é comida boa pra vida inteira.

O resultado da brincadeira. A foto não ganha prêmio, mas é engraçada.

Ingredientes:
- 3 ovos
- 1 1/2 xícara de leite
- 1 colher de óleo
- 3 colheres de sopa cheias de amido de milho
- 4 colheres de sopa cheias de farinha de trigo
- 1 pitada de sal

Modo de Fazer:

Em um recipiente coloque todos os ingredientes e bata com um fouet até obter uma mistura homogênea. Se preferir, prepare a massa no liquidificador. Deixe descansar por 30 minutos.

Coloque um fio de azeite em uma frigideira e espalhe com um papel toalha para retirar o excesso. Com a ajuda de uma concha, despeje a massa na frigideira e vá girando para espalhar a mistura. Mantenha o fogo na temperatura média. A massa vai começar a soltar pelas pontas e, quando estiver dançando na frigideira, está na hora de virar. Cuidado para não deixar a panqueca muito grossa. A massa fininha é mais gostosa.

Nosso jantar.

Recheio 1:
- 500 gramas de carne moída (acém, paleta, peito)
- 1 cebola pequena cortada em cubinhos
- 2 dentes de alho picadinhos
- 1 folha de louro
- sal
- pimenta
- 1 ovo cozido

Modo de Fazer:
Em uma panela, faça um refogado simples, porém bem temperado. Frite a cebola, o alho e coloque a carne. Deixe ela soltar o seu suco. Acrescente louro, sal e pimenta a gosto. O preparo deve ficar bem sequinho. Finalize com ovo cozido picado e, se gostar, azeitonas verdes.

Recheio 2:
150 gramas de mussarela picada
50 gramas de parmesão fresco ralado
50 gramas de gorgonzola picado
1 colher de sopa cheia de cream cheese

Modo de fazer:
Em um recipiente, misture todos os queijos e tempere com um pouquinho de pimenta do reino.

Molho:

O molho de hoje foi muito simples. Em uma panela com um fio de azeite, refogue 1 cebola pequena cortada em cubinhos e 2 dentes de alho picados. Acrescente meia caixa de polpa de tomate, 2 folhas de louro, 2 colheres de sopa cheias de orégano, sal e pimenta a gosto. Deixe apurar por alguns minutos e reserve.




Panquecas prontas para gratinar.

Montagem das panquecas:

Coloque o recheio na ponta do disco da panqueca e enrole a massa bem apertadinha para não abrir. Repita o processo até o fim. No refratário, faça uma caminha de molho, acomode as panquecas e cubra com o restante do molho. Finalize com parmesão fresco ralado e leve ao forno médio por 20 minutos ou até gratinar.

Sirva com arroz branco.
Rendimento: 12 panquecas (6 de carne e 6 de quatro queijos)

A comida no cinema

Depois de quase dois anos, finalmente comprei o meu filme preferido de culinária: "Julie & Julia". Adoramos a combinação "cinema & comida" e colecionamos alguns ótimos DVDs sobre o tema. São histórias muito gostosas de assistir, sempre sedutoras, envolvendo grandes personagens, casos de amor, relacionamentos familiares e quitutes deliciosos.

Foi em um dia de muita chuva que vi “Julie & Julia”, um dos destaques americanos da Mostra Internacional de Cinema em 2009. Estava ansiosa desde que tive a primeira notícia da produção. Adoro cozinhar e adoro Meryl Streep. Não precisava de mais nenhum motivo pra encarar o temporal e torcer pra conseguir um ingresso. O filme é baseado no livro de mesmo nome e traz Meryl Streep e Amy Adams no elenco. As atrizes que já trabalharam juntas em “Dúvida” encaram agora personagens completamente diferentes. Meryl, que estava de dar medo como uma madre superiora no último filme, está suave e engraçada como Julia Child, a chef de cozinha mais famosa dos Estados Unidos. Para se ter uma ideia da importância da cozinheira, pense em mitos como Ofélia ou Dona Benta pra nós brasileiros. Já Amy, que era uma doce freirinha em “Dúvida”, aqui encara o papel de uma mulher moderna, mas que adora pequenos prazeres domésticos. Prestes a completar 30 anos, a moça tem uma vidinha sem emoções e um emprego monótono e burocrático. Amy diverte com os ataques hilários de sua personagem na cozinha. Tenho certeza de que você já viveu algum bem parecido. Eu me vejo em várias cenas e fui identificada pela mãe e pelo marido, meus dois maiores cúmplices. Não chego ao limite como Julie, mas já protagonizei muitos escândalos na frente do fogão.

O filme se passa em Paris e Nova Iorque ao mesmo tempo. Nos anos 40, na França, mostra como Julia se tornou um mito na cozinha. Ela queria mesmo era um passatempo para ocupar os dias livres enquanto o marido estivesse trabalhando e resolveu investir na culinária por um motivo muito simples, adorava comer. Depois de muito esforço, Julia lançou o livro "Mastering the Art of French Cooking", que ensinou a culinária francesa para as americanas. E na Nova Iorque dos anos 2000, Julie precisava dar uma sacudida em sua vida "mais ou menos" e resolveu resgatar o livro de receitas de Julia, lançar o projeto de fazer 524 receitas, o livro inteirinho, em um ano e registrar a aventura em um blog.

Dirigido por Nora Ephron, "Julie &Julia" é ótimo, dinâmico, engraçado e também muito sensível ao retratar o cotidiano de mulheres de épocas tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão parecidas. Afinal, a alma, os sonhos, os desejos femininos só mudam de endereço. E, depois do filme, dá vontade de agarrar o primeiro livro de culinária da estante e cair numa farra entre panelas, aromas e delícias.

Num dia de frio e chuva (pelo menos aqui) como hoje, una o útil ao agradável. Corra na locadora mais próxima, alugue "Julie & Julia", agarre um balde de pipoca e se jogue no sofá. Você vai adorar a experiência.

  

Para um dia daqueles, bolo rápido de chocolate

Tem dias que é melhor esquecer. Hoje acordei com uma agonia no peito, sem saber exatamente o que era. Bingo. Tive um aborrecimento daqueles. Depois de um dia como esse, fico parecendo a Lindsay Lohan naquele filme "Sorte no Amor", a menina saía de casa e começava a chover; as placas, prateleiras e afins caíam na cabeça dela; bastava caminhar para tropeçar; colocar sabão na máquina para a espuma transbordar. Tudo que eu toquei hoje virou "ouro" pra não dizer outra coisa. Cheguei em casa um pouco perdida, sem muita disposição para cozinhar, mas lembrei de um prato rápido que sempre me faz bem, o bolo de chocolate da querida tia Marilza, uma grande amiga dos meus pais.

Já contei que em Santos não precisa ser parente pra gente chamar de tio, né? Tia Marilza é o modelo da mulher moderna, gosta de tudo que é bom e prático. Ela e o saudoso tio João fizeram parte dos melhores momentos de nossa infância e adolescência. Recebiam como ninguém. Já fizemos grandes bagunças na casa deles. Além disso, os dois também tiveram participação no meu amadurecimento.

Tio João e tia Marilza me deram um de meus primeiros empregos, na joalheria deles. Lá, aprendi muitas coisas e fiz algumas trapalhadas também. Um dia quase deixei a tia maluca. Entrou uma senhora na loja querendo um relógio para dar de presente para a neta. Ela escolheu dois: um com pulseira de cobra, que estava lá há um tempão, e outro todo delicadinho, prateado, pequenino. A vovó veio perguntar pra mim qual relógio eu gostaria de ganhar e falei: "o prateado, tão lindo". Quando a cliente foi embora, tia Marilza quase me enforcou e, pra piorar, ainda falei: "ah, tia, fui sincera e a menina vai ganhar um lindo presente". Ai, desculpa tia Marilza. Pelo menos temos histórias engraçadas pra contar, né?

O bolo de chocolate da tia Marilza me salvou a vida hoje. Eu aprendi a receita em um domingo na praia. Ela chegou dizendo que tinha feito um bolo maravilhoso de microondas. "Muito prático, filha". Eu fiquei um pouco desconfiada, mas anotei tudo direitinho e testei a receita no dia seguinte. Ficamos encantados. Lindo, fofo, um escândalo.

Ingredientes:
- 2 ovos
- 2 xícaras de farinha
- 2 xícaras de açúcar
- 1 xícara de chocolate em pó (uso o do padre, da caixinha vermelha)
- 1 xícara de óleo
- 1 colher de sopa de fermento
- 1 xícara de água quente

Modo de Fazer:

Em um recipiente, misture bem todos os ingredientes, começando pelos secos, ovos e óleo. A massa vai ficar bem pesada. Por último, acrescente aos poucos a água quente e mexa bem até obter uma massa homogênea. Unte um refratário apenas com manteiga e leve ao microondas, em potência máxima, por 8 minutos.

Dica da Casa: quando o tempo acabar, deixe o refratário descansar dentro do microondas por 3 minutos. Tia Marilza diria: "esquece ele lá, não se preocupe". Faça em um refratário alto. O nosso tem 25 cm de diâmetro por 5 cm de altura.

Calda:

Coloque em um bowl, 5 colheres de sopa de açúcar, 5 colheres de sopa de chocolate em pó, 1 colher de manteiga ou margarina e 1/2 xícara de leite. Mexa bem e leve ao microondas, na potência máxima, por 4 minutos.

Faça alguns furinhos no bolo com um garfo e despeje a calda. Se quiser, pode enfeitar com granulado, raspas de chocolate ou morangos.

Em um dia daqueles coma sem moderação.

Festival de Bruschettas

Festival de bruschettas.

Sábado de folga, uma preguiça danada e sem a menor ideia do que fazer. Bom, ideia a gente tinha, o problema foi decidir sair do sofá depois de uma semana cansativa de trabalho. Pensamos em teatro, cinema, pizza, panqueca, mas nada era assim tão animador. Resolvi pegar um livro de comida italiana e bingo! Bruschettas. Um festival de antepastos italianos certamente alegraria nossa noite. Corremos para o supermercado mais próximo e selecionamos alguns ingredientes para criar diferentes tipos de bruschettas. Queijos, frutas, legumes, pão italiano. O cardápio ficou assim: tomate com manjericão, cream cheese com pimenta rosa, berinjela com parmesão, mussarela com bacon e gorgonzola com pera.

O primeiro passo: corte o pão italiano em fatias finas. Esfregue um dente de alho em cada pão e regue com um fio generoso de azeite. Leve ao forno médio por 10 minutos para tostar e dourar levemente. O pão deve ficar macio, não deixe torrar completamente.


Tomate com manjericão

Tradicional: prática e refrescante.

Lave um tomate maduro e retire as sementes. Corte em cubinhos e tempere com sal e pimenta. Separe algumas folhinhas de manjericão, lave e seque em um papel toalha. Disponha os tomates sobre a fatia de pão, regue com mais um fio de azeite, finalize com as folhas de manjericão e sirva.


Cream cheese com pimenta rosa

Cream cheese + pimenta.

Coloque uma farta camada de cream cheese sobre a fatia de pão italiano e finalize com grãos de pimenta rosa a gosto.


Gorgonzola com pera

Sabor marcante.

Amasse o queijo gorgonzola com um garfo e corte a pera em lâminas bem fininhas. Coloque uma camada de queijo sobre a fatia de pão e termine com as tiras de pera. Volte as bruschettas para o forno por cerca de 10 minutos até o queijo derreter e a pera ficar levemente cozida.


Mussarela com bacon

Crocante e salgadinha.

Corte o bacon em cubinhos e frite. Não precisa de óleo, o bacon vai dourar na própria gordura. Coloque uma fatia de queijo sobre o pão e acrescente os cubinhos crocantes de bacon. Leve a bruschetta de volta ao forno para derreter a mussarela e sirva ainda quente.


Berinjela com parmesão

Berinjela + parmesão + cubinhos de bacon.

Corte a berinjela em cubinhos e refogue na gordura do bacon com um dente de alho para aproveitar o sabor. Coloque a berinjela sobre a fatia de pão e salpique com parmesão fresco ralado. Leve a bruschetta de volta ao forno para derreter o queijo. Se quiser acrescente pedacinhos de bacon.

Chame os amigos, abra uma garrafa de vinho e sirva bruschettas variadas, com os ingredientes preferidos da turma.

Adoçando outros lares (12)

A caixinha ficou tão linda, assim coloridinha.

Duas caixinhas fofas e muito coloridas saíram desta casa na sexta para alegrar o final de semana da nossa querida amiga Juliana Paiva. Depois de um dia daqueles, a recompensa foi mais do que merecida.

Para finalizar, um laço de fita rosa. Um mimo.

Juju selecionou a dedo os docinhos para a farra familiar. Brigadeiros nas versões belga ao leite, belga branco, nutella e morango. Eles não ficaram lindos juntos?

Torta Crioula de Banana

Banana + chocolate = tortinha com gosto de infância.

Certos pratos nos lembram a infância e nos dão uma sensação maravilhosa de conforto, carinho, aconchego. A torta crioula de banana é um passaporte para o passado. Na memória, a mesa arrumada com toalhas floridas e coloridas, o café com leite quentinho, os primeiros passos na cozinha. A torta de banana com chocolate foi um dos primeiros quitutes que aprendi a fazer. É um convite para uma farra com os pequenos na cozinha, não precisa de batedeira, nem liquidificador, não requer pratica, nem experiência com doces. É simples e agrada até os paladares mais exigentes. Se tiver algumas bananas esquecidas na fruteira, arrisque fazer essa torta, cortar em quadradinhos, bem ao estilo anos 80, e servir para os queridos no café da manhã ou lanche da tarde. Tem gosto de férias, de tardes no campo, de família reunida.

Uma excelente sugestão para o café da manhã ou lanche da tarde. 

Ingredientes:
- 4 colheres de sopa de manteiga
- 2 xícaras de farinha de trigo
- 1 xícara de chocolate (pode ser achocolatado)
- 2 xícaras de açúcar
- 1 colher de sopa de fermento
- 8 bananas nanicas maduras cortadas em rodelas
- 4 ovos batidos
- 1/2 xícara de conhaque ou guaraná
- canela e açúcar

Modo de Fazer:

Em um recipiente, junte farinha, chocolate, açúcar, manteiga e fermento. Mexa bem e reserve. Em outra tigela, coloque as bananas e regue com conhaque ou guaraná, se for servir para crianças também. Na assadeira, não precisa untar, coloque uma camada dos ingredientes secos e outra de bananas até terminar. Bata os ovos e despeje sobre o preparo. Polvilhe com açúcar e canela. Leve ao forno médio por cerca de 45 minutos ou até fazer o teste do palito. 

Quadradinhos de torta polvilhados com canela.

Forma retangular: 32 cm x 22 cm.

Dica da Casa: não deixe a torta assar demais pra não ter uma massa seca e sem graça. No teste, o palito ficará úmido, nem seco, nem sujo de massa de chocolate.

Se quiser, pode servir a torta como sobremesa daquele almoço gostoso de final de semana, acompanhada de uma bola de sorvete de creme.

Uma noite no bistrô

O delicioso cardápio do La Tartine.

Na sexta, Marcos e eu comemoramos 5 anos juntos. O festejo oficial será no show do U2, onde e como tudo começou, mas o dia não poderia passar em branco. Fomos jantar em um lugar muito bacana, que já nos acolheu em noites importantes da nossa vida. O restaurante escolhido pelo marido foi o La Tartine, um típico bistrô francês que eu adoro.

A minha alegria: quiche de queijo de cabra com tomate.

As estrelas do diminuto cardápio são as quiches, acompanhadas de uma saladinha verde com molho de nozes. A minha preferida é a de queijo de cabra com tomate, que peço desde a primeira vez que fui ao restaurante. A paixão é tamanha que eu não consigo trocar. Marcos gosta de variar bastante e, em cada ocasião, experimenta uma novidade. A última escolha foi queijo e cebola, aprovadíssima por sinal.

A alegria do Marcos: quiche de queijo e cebola.

O ambiente aconchegante, repleto de fotos, cartazes e objetos que traduzem os costumes franceses, nos proporcionou uma noite muito agradável, regada a um bom vinho chileno. Depois das quiches vieram as sobremesas para alegrar ainda mais nossa festa. Marcos é fã da famosa torta de maçã com sorvete de creme, um louco caso de amor.

Torta de maça com sorvete de creme.

Eu, chocólatra assumida, prefiro a torta mousse de chocolate com creme inglês. O sabor intenso de chocolate se espalha por todos os cantinhos da boca e proporciona uma maravilhosa sensação de prazer.

Torta mousse de chocolate com creme inglês.

A casa também oferece os pratos do dia como o cuscuz marroquino, às sextas. A cara é ótima e já combinamos que será nosso próximo pedido em uma nova visita ao charmoso bistrô.

Casal feliz com o delicioso jantar de aniversário.

La Tartine - R. Fernando de Albuquerque, 267 - Consolação - São Paulo - SP. Tel: (11) 3259-2090